El laberinto del fauno

10:39 AM


Dois mundos: um real e um mágico. No entanto, os dois extremamente cruéis e desoladores. "El laberinto del fauno" não se trata de um filme meramente fantástico como muitos esperam. A realidade mágica não serve de escape para Ofélia (Ivana Baquero), de 13 anos, que convive com a mãe, Carmen (Ariadna Gil), grávida em estado avançado e com muitas complicações e o padrasto, Vidal (Sergi López), que é capitão fascista durante o pós-guerra na Espanha.

Ao contrário, nesse mundo mágico com fadas e faunos, a menina, que acredita-se ser uma princesa do mundo subterrâneo que fugiu a muito tempo, terá que vencer três provas para poder regressar a esse mundo mágico.

Na realidade, a jornada empreendida pela menina pode ser comparada, a grosso modo, com a luta dos rebeldes contra o capitão Vidal. São sobreviventes que, apesar de não verem muito além da dor e do desespero e não vislumbrarem uma vitória real, seguem persistindo. Esse núcleo do filme é extremamente humano e conflituoso, que cria no longa um contexto social e histórico muito rico.

Não obstante, o filme sinaliza para alternativas mais esperançosas. Num determinado momento, quando Ofélia está presa em seu quarto, a jovem diz ao fauno que não pode sair, porque “a porta está fechada” e o fauno entregando-lhe um giz mágico lhe responde “pois faça a sua própria porta”. Não faltam, ainda, aquela que se sacrifica pelo inocente, o castigo do vilão e o final feliz da protagonista.

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