O Comandante se retira?

11:41 AM

As manchetes dos jornais espanhóis e, certamente, os de todo o mundo estampam a “retirada” de Fidel Castro do Governo cubano. Começam as especulações sobre a “transição”, debates sobre o possível modelo a ser adotado, talvez o Comunismo de Mercado, utilizado na China... Todo esse alvoroço da mídia me surpreende porque o Comandante já estava retirado desde que sentiu a debilidade de sua saúde. Além disso, o que significa “retirar-se”?

Quero dizer que a sensação que tenho é de que Casto desde que se afastou e deixou seu irmão Raul no poder interinamente já dava início à “transição”. Uma transição a seu modo, ou seja, dirigida por ele à distância. Um processo que segue. Talvez, vislumbramos agora uma segunda etapa desse afastamento, agora não apenas físico, mas institucional.

De todos os modos, é difícil para eu imaginar que Fidel se permitisse estar à margem de qualquer processo em Cuba, quanto mais um processo de mudança. Assim que percebo os acontecimentos como dentro de uma estratégia do Comandante.

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