É fantástico (?)

12:16 PM

A Rede Globo insiste em criar na TV um êxito no esporte brasileiro que não existe. Ontem, no Fantástico, o repórter Tadeu Smith entrevistou Thiago Pereira e a mãe do atleta, chegando a "ressaltar" que o atleta sozinho estaria a frente de outras nações que participam do Pan.

Apesar de todos os méritos que devem ser dados ao nadador, bem como a toda a equipe de natação brasileira, a matéria não passa de mera ilusão quando observamos a conjuntura mundial do esporte. Isso porque dos 12 ouros que a natação deu ao Brasil, se os resultados fossem levados ao último Mundial, disputado em entre março e abril, em Melbourne, na Austrália, a premiação teria se resumido a apenas uma medalha nos 50 m livres.

O motivo? Os grandes nomes da natação mundial, incluindo os atletas norte-americanos, não estão participando do Pan. O País enviou apenas equipes de segunda linha para os Jogos e mesmo assim, seguem líderes no quadro de medalhas com 141 no total. Ou seja, o Brasil ainda vai ter que dar muitas braçadas para conseguir um resultado apenas aproximado nas Olimpíadas de Pequim no próximo ano.

Veja:
Thiago Pereira
100 m livre - o tempo de 48s79 o deixaria apenas na oitava colocação no mundial.;
200 m medley - realizados em 1min57s79 deixariam o nadador em quarto em Melbourne;
400 medley - o brasileiro completou em 4min11s14, enquanto o italiano Luca Marin, bronze na Austrália, anotou 4min09s80;
200 m peito - com 2min13s51, seu tempo no Rio, o nadador não conseguiria nem mesmo chegar à final.

Rebeca Gusmão
50 m livre - ela seria a a oitava em Melbourne;
100 m livre - com 55s17, não chegaria nem a final no Mundial.

Kaio Márcio Almeida
200 m borboleta - 1min55s45 - é 0s23 inferior ao tempo do russo Nikolay Skvortsov no Mundial, em que ficou com o bronze;
100 m borboleta - o brasileiro nadou a prova em 52s05, contra 51s82 do medalhista de bronze do Mundial.

Revezamentos
4 x 200 m livre - a equipe formada por Thiago Pereira, Rodrigo Castro, Lucas Salatta e Nicolas Oliveira bateu o recorde da competição, com 7min12s27, equivalente ao quinto tempo no último Mundial;
4 x 100 livre - Fernando Silva, Eduardo Delboni, Nicolas Oliveira e César Cielo completaram a distância em 3min15s90. A seleção francesa, bronze na Austrália, fez o mesmo percurso em 3min14s68.

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