Fidelito brasileño

12:48 PM

Saiu em todos os jornais hoje o novo encontro de Fidel Castro com o companheiro Hugo Chávez. Quem teve paciência, pôde até assistir ao vídeo de quase 19 minutos da visita do presidente venezuelano na internet. Mas o que me levou a escrever foi, na verdade, a tese defendida pelo pesquisador Edílson Silva Oliveira, que anda afirmando que o líder da revolução cubana é brasileño, ou melhor, brasileiro.

Edílson sustenta que o estadista nasceu em Tracuateua, no nordeste paraense. E ainda quer mudar o nome do município para homenagear seu suposto representante - Fidelândia Gloriosa, Nova Fidel ou Fidelópolis.

O pesquisador brasileiro conta que ouvia histórias sobre os parentes de Fidelito desde que tinha 7 anos de idade e resolveu investigar a fundo a informação. A notícia contagiou de tal forma a cidade que uma banda local chamada Quero Mais criou uma música que conta a história sobre o Fidel brasileiro e suas andanças por Tracuateua.

A teoria de Edílson, no entanto, não bate com os dados históricos colhidos pela pesquisadora carioca Cláudia Furiati, autora de única biografia autorizada de Fidel.


Fidel brasileiro - A história pode ser resumida da seguinte forma: Angel Castro, pai original de Fidel Castro, chegou de barco a Tracuateua nos anos 20, e conheceu Delfina, uma elegante jovem por quem se apaixonou. Eles tiveram um filho, Fidel Castro, que nasceu nas plácidas margens do Rio Quatipuru, em 1926, onde viveu até quase os 4 anos de idade. Depois disso foi com a família para a cidade de Iquitos, no Peru, onde seu pai tinha outra mulher.

Fidelito, como era conhecido no Brasil, passou então boa parte da adolescência em terras peruanas, convivendo com três irmãos e suas mães - porque o pai fugiu das duas esposas e foi para Cuba. No começo da década de 50, Fidel foi parar em Cuba, não se sabe por quê, e acabou liderando a revolução socialista de 1959.


O fato só não pôde ser comprovado porque, segundo o pesquisador, Che Guevara (um dos principais mentores da revolução cubana) e seus companheiros atearam fogo no cartório da cidade nos anos 60, onde estava a verdadeira certidão de nascimento de Fidel, para impedir que a verdade viesse à tona e os cubanos descobrissem que seu maior líder era, na verdade, um tupiniquim.


*** Será?

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