Resenha XXVI

9:29 AM



“La Catedral Del Mar”, de Idelfonso Falcones, é um romance histórico ambientado na Catalunya medieval. Um livro que alcançou um êxito tremendo não apenas na Espanha, mas em toda Europa. Antes mesmo de ser lançada, em 2006, a obra já havia sido traduzida para vários idiomas.

Sem dúvida, foi uma grande aposta da editora já que essa era a primeira investida de Falcones no mundo literário. Sem embargo não foi uma aposta no escuro. O livro vem na trilha de sucessos como “Pilares da Terra” e “Mundo sem fim” do britânico Ken Follett. E, claro, de seus leitores ávidos por desbravar seu passado através de apaixonantes histórias recheadas de intrigas e violência. Além disso, apesar de ambientadas em séculos remotos, essas obras falam de sentimentos que são experimentados pelos homens até hoje.


Como obra literária, o livro não é tão excepcional, mas tampouco decepciona. A trama é bem construída e envolvente. O leitor descobre as nuances da época feudal espanhola enquanto acompanha o valor de Arnau Etanyol em buscar sua liberdade. Nasceu servo da terra, mas seu pai, Bernat, fugiu com ele ainda recém-nascido para a cidade de Barcelona, onde segundo a lei, após viver um ano e um dia, seriam considerados cidadãos livres.


Mas as coisas não foram tão simples. Por quantas prisões um homem se encontra encarcerado em sua vida? Arnau foi servo da terra, da nobreza, de suas paixões e até mesmo de seu destino.


“Arnau, yo abandone cuanto tenía para que tu pudieras ser libre – le había dicho su padre no hacía mucho -. Abandoné nuestras tierras, que habían sido propiedad de los Etanyol durante siglos, para que nadie pudiera hacerte a ti lo que me habían hecho a mí, a mi padre y al padre de mi padre..., y ahora volvemos a estar en las mismas, al albur capricho de los que se llaman nobles; pero con una diferencia: podemos negarnos. Hijo, aprende a usar la libertad que tanto esfuerzo nos ha costado alcanzar. Sólo a ti corresponde decidir.


¿De veras podemos negarnos, padre? – Las botas Del soldado volvieron a pasar frente a sus ojos -. No hay libertad con hambre. Vos ya no tenéis hambre, padre. ¿Y vuestra libertad?” (Pág. 183)


Todas as intempéries por as quais passou Arnau foram acompanhadas por sua mãe, a Virgem do Mar, cuja Catedral foi construída durante os 55 anos em que se passa a história. Uma Catedral construída pelo povo e para o povo. Ali, Arnau depositou seu sangue, sua fé e seu trabalho.


“- La gente se arrodilla en el suelo – le dijo también en un susurro señalando a los parroquianos -, pero además están rezando.

- ¿Y qué vas a hacer tu?

- Yo no rezo. Estoy hablando con mi madre. Tú no te arrodillas cuando habla con tu madre, ¿verdad?

Joanet lo miró. No, no lo hacía...


(...)


Arnau a través de la oscuridad, el aire y el titilar de las decenas de velas, observó como los labios de la pequeña figura de piedra se curvaban en una sonrisa.


-¡Joanet!

-¿Qué?


Arnau señaló a la Virgen, pero ahora sus labios... ¿Tal vez la virgen no quería que nadie más la viera sonreír? Tal vez fuera un secreto.

No Brasil, o livro foi publicado pela Editora Rocco.


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FICHA TÉCNICA

Título: La catedral Del Mar
Autor: Idelfonso Falcones
Editora: De Bolsillo
Ano da Publicação: 2008
Primeira Edição: 2006
ISBN: 978-84-8346-619-3
700 páginas

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