Resenha VI

8:56 AM


Novo boletim no Leia Livro ("O Caçador de Pipas"). Dessa vez estou um tanto atrasada, porque ele foi ao ar na terça, dia 06. Na verdade, o site estava sem atualização e apenas hoje recebi a notificação. Agora, vamos à lista para a escolha de um novo livro. Estou adorando isso...


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Nesse período de desatualização do portal, enviei uma resenha de "A Tempestade". Apenas agora ela ganhou espaço no Leia Livro.


A Tempestade, de Shakespeare

Um clássico ao alcance de todos. É assim a edição de “A Tempestade” em formato de bolso da Errapar/Longseller. A edição é em espanhol, o que me proporcionou um duplo prazer: o de ler a obra de Shakespeare e praticar essa língua que tanto me encanta.

A obra começa num barco em meio a uma tempestade. Nele, viajam Alonso (rei de Nápoles), seu irmão Sebastião e seu filho Fernando, além de Antônio (usurpador do ducado de Milão). No barco, também, se pode ver Próspero, o verdadeiro duque de Milão, que com sua magia gera a tempestade a fim de vingar-se daqueles que lhe traíram e roubaram seu ducado.

Em outra cena, Próspero conta a sua filha Miranda, com quem vive isolado numa ilha, suas motivações. Apesar de Miranda implorar que o pai cesse com a tempestade, Próspero prossegue.

Os náufragos se separam e ignorando o destino uns dos outros vagam pela ilha. Fernando conhece Miranda e os dois se apaixonam. Ele passa a trabalhar para Próspero. Já Sebastião e Antônio seguem buscando Fernando, ao mesmo tempo em que planejam a morte de Alonso para tomar-lhe o reinado. Muitas das ações dos personagens são maximizadas por intermédio da magia de Próspero e de Ariel, seu escravo, que na peça simboliza a imaginação poética.

Ao final, quando tem a chance de vingar-se, Próspero prefere perdoar seus antagonistas e mostra-lhes seus crimes, liberta seu escravo Ariel e retorna no barco para Milão, onde retoma seu cargo de Duque.
A obra de Shakespeare consegue ser clássica e misteriosa. Possui muitos símbolos e seus dramas são severos, fortes. Tratam do amor, do ciúme, da vingança, do medo. Temas para os quais não se pode olhar com meios termos – pelo menos nas peças do autor britânico. “A Tempestade” talvez seja um de seus trabalhos mais agradáveis e amenos. A trama inicia-se num mar de tormenta e encerra-se no mesmo mar, numa demonstração simples de quão cíclica é a vida.

Escrita em 1611, cinco anos antes de sua morte, a obra é considerada por muitos críticos como uma espécie de testamento poético do dramaturgo. O certo é que ele não voltou a escrever depois de “A Tempestade”.

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