Resenha V

10:56 AM

Dessa vez foi "O Caçador de Pipas". Confira Resenha publicada no Leia Livro:


Culturas e costumes diferentes, mas um mesmo homem. Aquele que erra e acerta, o que quer ser feliz. Aquele que ama e odeia, o que tem honra. Aquele que vai da culpa a redenção, o orientado por valores. Talvez por isso, a história do aclamado “O Caçador de Pipas”, de Klaled Hosseini, tenha conquistado tanta gente, pois apesar de ambientada numa sociedade tão diferente da ocidental, mergulhamos nos grandes temas da vida. Os vividos em qualquer parte do mundo, já que são próprios do ser humano. E é justamente a belíssima história que é contata que faz do livro o best seller que se tornou. Uma história cativante e emocionante. Tanto que em certa altura meus olhos marejaram e percebi que a inscrição na contracapa de Isabel Allende estava certa: “Esta é uma daquelas histórias inesquecíveis, que permanecem na nossa memória anos a fio”.

Com “O Caçador de Pipas”, mergulhamos na história de Amir e Hassan, dois afegãos de etnias diferentes numa sociedade estratificada, mas unidos desde o berço já que “mamaram no mesmo peito”. Um laço que pouco a pouco mostra sua força. No entanto, uma batalha pela pipa azul acaba determinando os caminhos que os dois meninos tomariam. Caminhos que os separariam física e moralmente.

Amir vai para os Estados Unidos, fugindo dos comunistas que invadiram o Afeganistão; enquanto que Hassan permanece no país. Como a vida é cíclica, Amir encontra, 20 anos depois, “um jeito de ser bom de novo”. O garoto, agora homem, volta ao Afeganistão devastado pelo talibã, para encontrar a redenção abandonada quando era criança.

“O Caçador de Pipas” teve seus direitos vendidos para 29 países e estará em breve nas telas do cinema do mundo todo numa produção da DreamWorks e direção de San Mendes, o mesmo diretor de “Beleza Americana”. Mais de 2 milhões de exemplares foram vendidos só nos Estados Unidos. Apenas no Brasil, já são mais de 600 mil leitores. Já a crítica concedeu o título de “O melhor livro do ano”, pelo San Francisco Chronicle. Tanto sucesso de crítica e de público me assustaram antes de começar a ler a obra, uma vez que sempre desconfiei de unanimidades, pois me parecem burras. No entanto, criticar sem conhecer também é uma atitude burra, quiçá ainda maior. Assim, iniciei a leitura de “O Caçador de Pipas”. Com milhões de livros vendidos em todo o mundo, ele parecia um daqueles romances de apelo fácil. Se é assim, posso dizer que sou “fácil”. O romance me conquistou.

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