Lendo...

10:39 AM


"Dick ficou convencido de que Perry era aquela raridade, um "matador por natureza" - absolutamente são, mas desprovido de consciência, e capaz de desferir, com ou sem motivo, golpes mortais totalmente a sangue frio" (p. 84-85)

Iniciei a leitura de "A sangue frio". Após assistir "Capote", senti-me na obrigação de saber qual o resultado daqueles seis anos em que esteve trabalhando na obra e conviveu com os envolvidos do crime, em especial com Perry.

Fiquei pensando no que tanto Capote teria escrito sobre algo, que hoje nos parece tão absurdamente "normal": matar uma família com tiros a queima roupa. O que poderia ter extraído e escrito com tanta maestria que tornara "A sangue frio" sua obra-prima e marco para o que chamamos de New Journalism?

O fato é que quando iniciei a leitura, só parei quando o sono foi implacável comigo. Sendo assim, posso testemunhar que o escritor conseguiu fazer uma narração quase perfeita do que ocorreu. Logo nas oitenta primeiras páginas vivemos o último dia da vida dos Clutter e dos assassinos. Como jornalista, senti-me incapaz de conseguie extrair tantos detalhes.

Mas ainda faltam-me cerca de 300 páginas para o final. Quando chegar lá, volto a trazer minhas impressões.

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