Abandonei o livro "A arte de ser leve", da jornalista Leila Ferreira, umas duas vezes até conseguir concluir. A primeira vez, estava de férias naquela vibe de "vamos relaxar, ser mais leves". No entanto, foi só voltar pra casa e cair na rotina novamente que a leveza se foi num passe de mágica e a leitura ficou encostada. Quase um ano depois, retomei a leitura que ficou em stand by do ano passado até agora, quando conclui com um sentimento um pouco pesado no coração. Desculpem os trocadilhos infames, mas as considerações finais me tocaram de modo muito especial.
"Duas palavras curtas podem prejudicar o percurso de quem está em busca de uma vida mais leve: se e quando. Se tivesse me formado cinco anos mais cedo, se não tivesse tido filhos, se meu marido fosse mais compreensivo, se o tempo estivesse melhor, se, se, se… As possibilidades do se são infinitas, e, enquanto ruminamos bovinamente sobre elas, como diz a psicóloga portuguesa Helena Marujo, a vida passa. O muro das lamentações que construímos a partir do se, além de incontornável para nós mesmos, nos separa de quem tenta conviver conosco – não é fácil dividir um cotidiano com quem vive no condicional. Como diz o filósofo Mario Sergio Cortella, pessoas que vivem presas ao que aconteceu ou deixou de acontecer costumam ter um grande passado pela frente. Geralmente, acrescento, para desfrutar a sós."
Uma sensação de ter vivido por muito tempo nesse "se" e lembranças do meu próprio "muro das lamentações". Mas se a arte foi feita pra incomodar, acho que o livro cumpriu sua missão e com tantas histórias e exemplos, fica também a sensação de que não é tarde demais para desacelerar e ponderar nossas prioridades.
Mais do que um livro que poderia ser classificado como de autoajuda, "A arte de ser leve" reflete um enorme trabalho de pesquisa da autora. Ela entrevistou dezenas de pessoas em busca das respostas que fazemos sobre temas como felicidade, gentileza, bom humor, leveza.
Li no formato eBook dentro da minha assinatura do Kindle Unlimited.
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FICHA TÉCNICA
Formato: eBook Kindle
Editora : Planeta (14 setembro 2016)
Tamanho do arquivo : 1471 KB
Número de páginas : 234 páginas
Vendido por: Amazon Servicos de Varejo do Brasil Ltda
Idioma: Português
ASIN : B01LY2MKRA
Tenho usado o Kindle Unlimited desde agosto do ano passado. No começo fiquei confusa, mas com o tempo vamos descobrindo as várias possibilidades que a assinatura oferece. Hoje, resolvi dar algumas dicas de livros de não ficcionais disponíveis atualmente no catálogo.
Esse não é o meu gênero favorito e acho que, por isso mesmo, resolvi começar por eles, já que por não ser algo do meu dia-a-dia encontrar coisas que me fazem ler ou ter vontade de ler é bem significativo. Confere ai e me diz se tem alguma coisa no catálogo do Unlimited desse gênero que você indicaria.
Ah, sobre o "A arte de ser leve", vai ter resenha ainda nessa semana sobre ele.
Depois que termino um livro mais robusto, sempre procuro um que seja leve e fácil de ler. Semana semana, então, fui de “O Vale do Terror”, de Sir Arthur Conan Doyle. A obra é um dos quatro romances do autor inglês envolvendo o mais famoso detetive do mundo.
Os livros com Sherlock Holmes nunca decepcionam. Não pelo mistério em si, mas pelo método usado para desvendá-lo. Em “O Vale do Terror” foi assim. No entanto, devo admitir que, após descoberta a solução, e percebendo que daria início a uma segunda parte do livro voltada a contar o passado dos personagens nos Estados Unidos a fim de explicitar suas motivações, foi um pouco decepcionante, pois imediatamente liguei a história a “Um estudo em vermelho”, primeiro livro do detetive. Ainda mais quando percebe-se que os fatos se passam em meio a uma espécie de sociedade secreta e - talvez - o crime estivesse ligado a acontecimentos relacionados a uma mulher.
De qualquer forma, segui firme na leitura mais pela força do hábito do que por interesse genuíno na história.
O livro foi lido no formato e-book dentro da minha assinatura do Kindle Unlimited.
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FICHA TÉCNICA
Formato: eBook Kindle
Editora : L&PM Editores (1 outubro 1998)
Tamanho do arquivo : 1648 KB
Número de páginas : 205 páginas
Vendido por: Amazon Servicos de Varejo do Brasil Ltda
Idioma: Português
ASIN : B00A3D11U2
Acho que tem se falado tanto em representatividade que as pessoas já estão passando os olhos pela palavra sem refletir. Vulgarizou. Mas a verdade é que representatividade é tão, mas tão importante, especialmente para as meninas. Num mundo que vive de “digital influencers” (odeio esse nome), entender que vale mais ser quem você é, do jeito que você é, que você pode sonhar e batalhar por seus sonhos, que a sua voz importa e que existiram outras antes de abrindo caminho.
Uma dessas vozes foi da escritora e ativista negra Maya Angelou (1928-2014) que será homenageada agora pela empresa Mattel, proprietária da boneca Barbie. A companhia divulgou essa semana que lançará uma boneca inspirada na americana. Ela é a mais recente mulher a integrar a coleção “Inspiring Women” (“Mulheres Inspiradoras”, em tradução livre), lançada em 2018 e que já celebrou a vida de outras mulheres como a sufragista Susan B. Anthony, a cantora Ella Fitzgerald e a também ativista negra Rosa Parks.
O lançamento do brinquedo acontece como uma forma de celebrar o Mês da História Negra, comemorado em fevereiro nos Estados Unidos e em países como o Reino Unido e Canadá. A Barbie de Maya Angelou traz a escritora segurando seu livro de memórias, “Eu Sei Por Que O Pássaro Canta Na Gaiola”, lançado em 1969. A publicação é um relato emocionante sobre a vida de Maya que tem inspirado pessoas ao redor do mundo desde então. O figurino da boneca é formado por um vestido laranja com padrões preto e branco, estampa que combina com a do turbante.
Maya Angelou nasceu em 1928, no Missouri, nos Estados Unidos, e dedicou sua vida à defesa dos direitos civis no país. Em 1993, ela se tornou a primeira mulher negra e poetisa a falar na posse de um presidente americano, Bill Clinton.
O primeiro livro do ano foi Ninfeias Negras do autor francês, Michel Bussi. Quando terminei a leitura, minha cabeça parecia explodir! Isso mesmo. A trama é inteligentíssima e o final surpreendente.
A história se passa em Giverny, cidade mundialmente conhecida e que atrai multidões devido os quadros das Ninféias, de Claude Monet. É nesse cenário que ocorre um assassinato de um respeitado médico. Enquanto a polícia inicia sua investigação, três mulheres diferentes sob qualquer aspecto parecem estar ligadas fortemente ao mistério: Fanette, uma garota de 11 anos, egoísta, que tenta finalizar seu quadro para concorrer a uma bolsa de artes. Stéphanie, uma professora, mentirosa, se envolve com um dos investigadores e coloca seu casamento em cheque. E uma senhora idosa, má, que observa o desenrolar dos fatos de uma visão privilegiada.
A senhora idosa, inclusive, é nossa narradora. Ácida e aparentemente sem qualquer empatia diante dos acontecimentos que se desenrolam, cheguei não só a questionar seu caráter, mas senti raiva.
Admito que demorei um pouco para me prender na história. Penso que isso se deu pela descrição excessiva do ambiente (para o meu gosto), mas depois de um tempo já estava totalmente envolvida com o mistério, criando minhas conjecturas. No entanto, não fiquei imune ao cenário nem as ninféias. O contexto artístico, me fez pesquisar alguns quadros de Monet e de outros impressionistas, além de usar o Google para ver Giverny, o laguinho, a casa de Monet, o moinho... e esse foi um plus que não esperava quando iniciei a leitura.
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FICHA TÉCNICA
Ninfeias Negras
Formato: eBook Kindle
Tamanho do arquivo: 2073 KB
Número de páginas: 430 páginas
Editora: Editora Arqueiro; 1ª edição (9 janeiro 2017)
Vendido por: Amazon Servicos de Varejo do Brasil Ltda
Idioma: Português
ASIN: B01N2PFKUR
2020 foi o ano da respirada funda, com certeza! Enquanto eu inspirava e expirava, tive oportunidade para pensar, para colocar em perspectivas várias coisas, inclusive a leitura. Desde muito cedo eu comecei minha relação com os livros, mas ela estava adormecida nos últimos anos devido as obrigações da “vida adulta”. Voltei-me às leituras constantes e aos poucos o prazer de ler, resenhar e estudar literatura retornou.
Nesse início de ano, sigo firme no meu propósito e, acredite, já li oito livros em 2021. Pode parecer muito, mas alguns foram curtinhos e outro havia iniciado ano passado e finalizei justo em 1/1/2021.
Para me manter firme nesse objetivo resolvi criar um perfil no Instagram (@leiturasdaemanuela) e voltar a resenhar aqui no blog também há muito esquecido. Se vai dar certo eu não sei, mas espero que sirva de estímulo. Vamos comigo?