Independência? Igualdade? Sem fraternidade, não há

12:19 PM

Na minha época, vestia a roupinha branca de dias de festa da escola e ia para as ruas com laço de fita verde e amarelo no cabelo.

Na minha época, todas às sextas-feira cantávamos o Hino Nacional com a mão no coração, enfileirados no pátio do colégio.

Na minha época, estudávamos "Moral e Cívica" na quinta série.

Na minha época... Não, não é saudosismo. Muita coisa mudou da década de 1980 para cá. Algumas para melhor outras para pior, mas não é assim todo processo de amadurecimento? Crescemos, aprendemos, erramos, retrocedemos, avançamos...

Sem dúvida, temos, sim, o que comemorar. Talvez não seja a dita independência, pois no fim das contas continuamos presos a várias amarras. A Constituição diz que somos livres, diz que somos iguais perante a Lei. No entanto, falta entre nós aquela outra palavrinha que nenhuma lei, a não ser a do amor, institui: a fraternidade.

Sem ela, estou certa de que não poderemos ser livres nem iguais verdadeiramente. Apenas o senso de irmandade poderá nos despir de qualquer preconceito e nos impulsionar a amar o outro como a nós mesmos, derrubando os muros que separam o "eu" do "outro" para finalmente nos tornarmos um só. Sem cor, sem religião, sem etnia, sem sexo, sem Pátria. Todos apenas humanos.

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