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quinta-feira, março 08, 2007

Resenha VI


Novo boletim no Leia Livro ("O Caçador de Pipas"). Dessa vez estou um tanto atrasada, porque ele foi ao ar na terça, dia 06. Na verdade, o site estava sem atualização e apenas hoje recebi a notificação. Agora, vamos à lista para a escolha de um novo livro. Estou adorando isso...


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Nesse período de desatualização do portal, enviei uma resenha de "A Tempestade". Apenas agora ela ganhou espaço no Leia Livro.


A Tempestade, de Shakespeare

Um clássico ao alcance de todos. É assim a edição de “A Tempestade” em formato de bolso da Errapar/Longseller. A edição é em espanhol, o que me proporcionou um duplo prazer: o de ler a obra de Shakespeare e praticar essa língua que tanto me encanta.

A obra começa num barco em meio a uma tempestade. Nele, viajam Alonso (rei de Nápoles), seu irmão Sebastião e seu filho Fernando, além de Antônio (usurpador do ducado de Milão). No barco, também, se pode ver Próspero, o verdadeiro duque de Milão, que com sua magia gera a tempestade a fim de vingar-se daqueles que lhe traíram e roubaram seu ducado.

Em outra cena, Próspero conta a sua filha Miranda, com quem vive isolado numa ilha, suas motivações. Apesar de Miranda implorar que o pai cesse com a tempestade, Próspero prossegue.

Os náufragos se separam e ignorando o destino uns dos outros vagam pela ilha. Fernando conhece Miranda e os dois se apaixonam. Ele passa a trabalhar para Próspero. Já Sebastião e Antônio seguem buscando Fernando, ao mesmo tempo em que planejam a morte de Alonso para tomar-lhe o reinado. Muitas das ações dos personagens são maximizadas por intermédio da magia de Próspero e de Ariel, seu escravo, que na peça simboliza a imaginação poética.

Ao final, quando tem a chance de vingar-se, Próspero prefere perdoar seus antagonistas e mostra-lhes seus crimes, liberta seu escravo Ariel e retorna no barco para Milão, onde retoma seu cargo de Duque.
A obra de Shakespeare consegue ser clássica e misteriosa. Possui muitos símbolos e seus dramas são severos, fortes. Tratam do amor, do ciúme, da vingança, do medo. Temas para os quais não se pode olhar com meios termos – pelo menos nas peças do autor britânico. “A Tempestade” talvez seja um de seus trabalhos mais agradáveis e amenos. A trama inicia-se num mar de tormenta e encerra-se no mesmo mar, numa demonstração simples de quão cíclica é a vida.

Escrita em 1611, cinco anos antes de sua morte, a obra é considerada por muitos críticos como uma espécie de testamento poético do dramaturgo. O certo é que ele não voltou a escrever depois de “A Tempestade”.

Um comentário:

  1. Eu assisti o filme e gostei bastante. Me pareceu uma boa adaptação para o cinema.

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