Resenha XXVIII

5:03 AM


O que seria mais importante? A história ou saber contá-la. Os dois são importantes, sem dúvida, apesar de que eu acredite que saber contar às vezes, é o que vale mais. Agora imagine quando as duas coisas (uma boa história e um bom narrador) se encontram. É o caso de Gabriel García Márquez. Jornalista por formação, escritor por vocação, esse colombiano encanta o mundo com sua narrativa fácil e envolvente.

Em “Crónica de una muerte anunciada”, o escritor não faz mistério: pelo título qualquer um já intui que haverá uma morte. Na primeira linha do livro, não resta mais a menor dúvida: os irmãos Vicário vão matar Santiago Nasar. Na verdade, já o mataram para vingar a desonra de sua irmã Ângela. A história termina justamente no momento em que Santiago morre.

García Márquez não faz mistério, não faz rodeios. Diz-nos o que vai acontecer e a partir daí, o leitor, pode descansar da intriga e dedicar-se inteiramente a leitura para descobrir como tudo aconteceu, conhecer cada personagem e refazer aquele dia em que Santiago Nasar é marcado para morrer.

Publicada pela primeira vez em 1981, a obra é considerada uma das obras mais realistas da bibliografia de García Marquez, pois é baseada de um fato acontecido na terra natal do escritor.

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